quarta-feira, 22 de maio de 2013
quarta-feira, 15 de maio de 2013
quinta-feira, 2 de maio de 2013
terça-feira, 9 de abril de 2013
segunda-feira, 1 de abril de 2013
quarta-feira, 20 de março de 2013
terça-feira, 20 de novembro de 2012
terça-feira, 13 de novembro de 2012
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
terça-feira, 4 de setembro de 2012
terça-feira, 3 de abril de 2012
Estou cansada dos outros
E dos outros
E dos outros
Dos outros em mim.
Arrancá-los-ei a golpes de dedos raivosos
E, sangrando a vida,
Irei embora para Aman
Quem sabe o País das Fadas
Que me deem de comer e de beber
Até que o tempo passe - e passe logo
E a angústia de existir nunca mais atormente
essa mente
fraca de humana.
terça-feira, 20 de setembro de 2011
O Ser (1)
Purple
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Bela seja Vossa luz sobre campos e florestas
terça-feira, 5 de julho de 2011
Here comes the sun, Little Darlin'
quarta-feira, 16 de março de 2011
Douglas Adams my ass
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Good day, lady
domingo, 22 de agosto de 2010
Freud, nao me fale de Freud
Livro tem que ser daqueles macios, que depois de horas se lendo no leito, apaga-se o abajur e aperta-o no peito. Ele é o urso de pelúcia dos perversos.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Mar de lençóis
Fim de ano
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Para minha amiga Glaucia
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
6 de Dezembro
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Relíquias do cotidiano
- Vamos... Só espera até meio-dia que esse curso é importante.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Encantos (parte II)
domingo, 26 de julho de 2009
Super heróis
terça-feira, 14 de julho de 2009
Procastination
Eu queria mesmo era ser chef de cozinha, que sem vinho chileno não cozinharia nada. E que anotações de coisas passíveis de serem esquecidas na agenda valessem mais do que ouro. Assim eu poderia comprar a melhor das câmeras de fotografia, muito pé-de-moleque, uma livraria e um sebo inteiros, e todos os acessórios disponíveis para animais de estimação.
terça-feira, 7 de julho de 2009
Para o meu amigo Nathan
She never speaks
I always give her a message to send
She never seems to understand
Every single night I beg
But it seems she will forever forget
I lie on the ground and stare
The only thing she will ever carry
Is the light shinning in my eyes
Is the burning chest that keeps me alive
Is the love message I ask her to send
With no words but feelings
No matter where he is
When the moon light
Touches his chest
He will know everything I meant once
Staring at the moon
(Algum mês extinto de 2006)
segunda-feira, 6 de julho de 2009
João e Maria
terça-feira, 30 de junho de 2009
Com-ciência
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Encantos (parte I)
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Desejos mundanos
Queira a melhor universidade
Queira o melhor trabalho
Queira o maior salário
Queira uma piscina azul bem no meio do seu jardim
Queira o carro do ano
Queira emagrecer mais rápido
Queira ser sempre o melhor em tudo
Queira as melhores roupas
Queira o melhor status
Queira um nariz empinado por tudo aquilo que você não é
Queira ser
Queria ser alguém importante
Queira ser ouvido
Queira salvar o mundo
Queira a revolução
Queira que Deus esteja sentado em uma grande poltrona dourada
Queira encher a cara
Queira usar drogas
Queira fumar até os pulmões apodrecerem
Queira morar sozinho
Queira ser independente
Queira que o tempo pare de passar
Queira ser um leitor assíduo
Queira ter vários livros na estante para mostrar aos amigos
Queira assistir os melhores filmes
Queira ser intelectual
Queira descobrir o mistério da vida
Eu,
bem,
eu sempre quis um cachorro.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Felicidade frágil
Sempre soube que a paz de espírito era difícil de atingir, também sempre soube que a felicidade se sentia bem-vinda onde havia paz de espírito. Por quase um ano e meio eu desconheci a paz de espírito. Por quase uma semana eu a tenho experimentado. Por quase uma semana eu pouso, ousadamente, na última carta do castelo de baralhos que montei. Por quase uma semana eu soube como era não precisar enganar a mente pra que ela não mostrasse imagens que eu não queria ver. Essa quase semana acabou ontem. Ontem eu fui sincera demais, ontem eu achei que conseguiria vencer uma batalha, mesmo que pequena, contra a hipocrisia. Ontem eu cometi um erro cujos traços não se apagarão na contagem infinita dos segundos. Mas tomei uma decisão. Tomei uma decisão de uma vez por todas! Resta-me, agora, juntar as cartas de baralho, violentamente espalhadas pelo chão, e remontar o castelo, no qual eu irei, novamente, regar a semente da felicidade. Desta vez, no entanto, terei de ser especialmente cuidadosa: será a primeira vez que o montarei dentro de uma gaiola.terça-feira, 7 de abril de 2009
A menina e o barco
-Vem, menina, sobe aqui. Vou levar você pra passear.
O barco era belo, parecia seguro. Mas a menina desconfiada de barcos que era, hesitou antes de fazer qualquer movimento.
-Vem, menina, vou te mostrar quão bela é a noite de nuvens cinzas e céu azul escuro.
A menina tirou o primeiro pé do chão, seco e sólido, e o firmou cuidadosamente dentro do barco. Este deu uma leve balançada, que quase fez a menina desistir da audácia. Mas o vento da noite pareceu segurar-lhe a mão para que ela não ousasse tirar o pé dali, quase deu um empurrãozinho para que ela firmasse, finalmente, o segundo pé, embarcando por inteiro naquele terreno desconhecido, úmido e instável.
Conhecia bem estes barcos, a menina. A última vez que ela resolveu que era hora de largar a terra firme e ir passear em um barco, ele viajou com ela por longas distâncias, contou a ela milhões de histórias sobre cidades frias, comidas e costumes estranhos, e, repentinamente, desapareceu como faz o mágico com a pomba em um lenço. Sumiu sem deixar vestígios, desapareceu, desintegrou-se no ar. A menina, quando se deu conta, batia-se contra as negras ondas do lago, que de tão frias enfiavam agulhas doloridas em todas as partes do seu corpo.
Ela sentou, tensa, na taboa do meio. Olhos para o local onde a poucos segundos haviam habitado os seus pés. Apertou as bordas do barco como isso fosse garantir que ele não desapareceria. Colocou as mãos entre os joelhos, como que para aquecê-las, e só então se deu conta dos mais diversos objetos que se encontravam no chão do barco.
Uma coberta, um galho de árvore, um remo, cordas, chocolate, um livro e música. O barco, notando que a menina olhava com curiosidade para tais objetos, resmungou:
-Sempre estiveram aí.
-Posso ver? perguntou a menina
O barco deu de ombros e respondeu:
-Como quiser.
A coberta era macia e quente, fazia carinho na pele. O livro, intitulado de "Como fazer uma vela com um galho, uma coberta e cordas" era pequeno, de poucas palavras e muitos desenhos. Ela seguiu os passos e encaixou no fundo do barco o galho, já muito parecido com uma vela. Quando assim o fez, o barco aumentou de velocidade, o que fez com que a menina tentasse agarrar todo e qualquer material na borda do lago que pudesse diminuir a velocidade, ela quase de desespero pulou, de uma vez por todas, para o lago frio. Arrancou a vela improvisada arfando como se tivesse corrido quilômetros. O barco quando viu a restrição da menina quanto à velocidade, fez com que as águas passassem mais devagar pelo seu casco, navegou calma e cautelosamente. Isso, decerto, fez com que a menina se acalmasse.
O barco sugeriu que ela vestisse o cobertor e deitasse no seu peito, pra que assim ele pudesse lhe contar histórias daquela música que infestava o ar com seu cheiro doce, enquanto eles observavam a lua sorridente no céu cheio de estrelas. Essa história puxou muitas outras, passaram os dois, o barco e a menina madrugada a fora contando histórias, memórias e glórias. Ela estava devidamente aquecida e devidamente entretida nas histórias pra perceber o aumento da velocidade no barco. Isso era, possivelmente, sinal de que o barco estava feliz. Ele a segurava contra o peito como se ela fosse sair gritando como já havia feito anteriormente. Adormeceram os dois sob a luz fraca das estrelas e o balanço suave do mar.
No dia seguinte, quando o barco acordou, percebeu que a velocidade havia aumentado, e que desta vez não havia sido ele! Surpreso, ele olhou a menina remando desajeitada, duas vezes para um lado, duas vezes para o outro.
-Estou gostando, justificou ela
-Também estou. Pega um chocolate e deixa eu te contar mais uma história.
Coutou-lhe histórias de outras meninas que haviam sentado naquele mesmo lugar que ela estava agora. Contou-lhe como elas brutalmente pularam do barco, virando-o de cara para o rio congelado, derrubando tudo aquilo que eles haviam colecionado juntos. Ela prometeu-lhe pedir pra ele encostar na borda do lago assim que ela quisesse descer, de forma a não deixar nenhum dos dois vulnerável às águas de agulhas.
O barco estava perdido em pensamentos, quando reparou a menina parada em pé no barco. Ele gritou, desesperadamente:
-Não pule!
Ela olhou-o nos olhos e disse em tom de brincadeira:
-Só se for pular para os seus braços!
Só então ele reparou na vela feita de galho, cobertor e cordas caprichosamente encaixados a favor do vento. A menina ajudava com o remo quando necessário, mas estava,0 na maioria do tempo, de olhos fechados e braços bem abertos, deliciando-se com o vento passando rápido pelos seus cabelos.
-Você não está com medo? perguntou o barco
Ela sorriu.
-Não
Ele limitou-se a retribuir o sorriso.
domingo, 5 de abril de 2009
Como fazer o tempo passar mais rápido
Acorde, lave o rosto, olhe no espelho
Não pense se esse dia vai ser único
Não pense que esse é o único dia 5 de abril do ano de 2009
Engula o café da manhã sem sentir o gosto
Ande com pressa
Não sinta o vento
Não olhe as flores
Não olhe o céu
Pegue o ônibus, não olhe pra ninguém
Não olhe pras imagens passando na janela
Perca-se nos pensamentos cegos
Só pense no dia ocupado como todos os outros que vem aí
Desça do ônibus, ande rápido
Não olhe nos olhos das pessoas da rua
Olhe para o chão
Assista aula, mas sem prazer
Pense somente nas provas, nos trabalhos, nos artigos
Trabalhe, mas trabalhe como máquina
Não seja ousado
Faça o que os outros querem que você faça
Não olhe o pôr do sol
Coloque na sua cabeça que você não tem tempo pra nada
Ame sem intensidade
Faça sexo sem insanidade
Não saia da rotina
Não saia da rotina
Não saia da rotina
segunda-feira, 2 de março de 2009
Bem-vindo, John
Bem-vindo às perguntas sem respostas.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Se não têm pão, comam brioches
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Roda Gigante
Um amor sabor menta e cigarros, cheirando perfume e roupas limpas, tira-me o sono, enlouquece-me de desejo, faz-me arrancar a coberta do corpo. Obrigo-me a afundar os longos fios castanhos no travesseiro, longos fios que sentem falta do toque dos seus dedos, mesmo eles tendo se despedido há tão poucos minutos. Vou perdendo a consciência enquanto a sua voz rouca e grave canta-me as minhas canções favoritas. Suspiros e respiração pesada vencem o coração palpitante, finalmente, deixando a mente livre para os meus mais secretos sonhos.domingo, 1 de fevereiro de 2009
Feliz Aniversário
sábado, 3 de janeiro de 2009
Feliz fôlego novo
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Era uma vez uma parede branca e uma gaiola
Era uma vez uma parede branca e uma gaiola. Pendurada em uma parede branca e infinitamente alta, estava um gaiola dourada, brilhante e com belos traços delicados. Gaiola mais bela nunca se tinha visto antes. Do topo da gaiola, acompanhando as douradas hastes, desciam sedosas cortinas peroladas que partiam do topo, faziam dois laços, um em cada lado da gaiola, e desabavam serenamente sobre o chão amarelo brilhante. Enroladas nelas, brincavam dois pequenos gatinhos peludos. Um era branco de olhos negros, de nariz achatado e rabo comprido e peludo. O outro era pardo de três cores, olhos azuis acinzentados, um pouco menor que o seu alvo irmão. Brincavam ao som de notas musicais saídas do pequeno rádio branco sobre a estante marrom avermelhada. Ao lado desta estante, dormia tranquilamente um cão branco com manchas marrons claras de grande porte. A música era doce, banhava o belo sofá vermelho de grandes almofadas com uma paz indescritível. A vista da gaiola era deslumbrante. Viam-se os cílios nos puxados olhos dos chineses e dos japoneses, o peixe com batatas servido na casa dos ingleses, o azulejo rachado do Louvre dos franceses, o delicado brinco da jovem italiana, o botão do rádio do carro do americano, o pólen na abelha recém colhido da mesma flor avermelhada que infestava o ar com um odor agradável. Odor que passava dentro da fechadura trancada da porta da gaiola, dividindo espaço com a chave dourada firmemente encaixada na trava interna, que mantinha a porta trancada. Tão perfeitamente encaixada que uma leve volta bastaria para abri-la sem esforço. Suspensos no ar, logo abaixo da pequena porta, encontravam-se dois pezinhos. Eles balançavam para lá e para cá, tão rápidos quanto o lento ritmo da música. Dois pés vestidos com tênis bem amarrados de longos cadarços. As meias curtas nas canelas não escondiam a fina corrente prateada no tornozelo direito, e a saia, por sua vez, escondia um pesado livro de capa dura sobre o colo. Na altura do joelho, encontravam-se rendas cobertas com um tecido leve, o mesmo que cobria os ombros, misturando-se com os fios de cabelo castanhos ondulados. Cabelos estes que brincavam sobre os braços, descansados na ultima delicada linha de metal dourado, escondendo o brilho dos olhos castanhos, quase pretos, da menina que tristemente observava as luzes fora da gaiola. Ela havia entrado ali por escolha própria, nunca tinha sentido tanta atração pela vida aprisionada. Os dedos brincavam com um lápis de cor branca, tirado da grande caixa de madeira com dúzias de cores, as quais se encontravam espalhadas sobre o tapete - a cor azul perigosamente rolara para perto da beirada. Ela movia a ponta do lápis no contorno das grandes nuvens no céu azul. Ela sabia bem porque estava infeliz. Sentia falta da vida de vôos rasantes nos mares e lagos deste mundo, com vento passando veloz pelos longos cabelos. Ela sabia, também, que podia usar a chave da porta a hora que desejasse, mas que nunca conseguiria achar novamente uma gaiola tão satisfatória quanto aquela na qual ela tristemente sonhava com a chuva escorrendo livremente no seu corpo. Por hora, ela vive neste dilema, mas contar-te-ei o que vai acontecer. Ela vai deixar a saudade, mais uma vez, presa na gaiola e vai se jogar dela para saciar as asas com vôo livre, sussurrando a frase que já a havia atormentado em sonhos: "que me venham estes horizontes."sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Divagações

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Discrição
Gosto tanto, discretamente, quase secretamente, desse seu carinho discreto, desse seu jeito discreto, desse seu abraço apertado, desse seu sorriso discreto, discretamente dizendo que o coração bate mais forte. Gosto tanto da sua mão quentinha nas minhas costas, na minha cintura, no meu pescoço, do seu cheiro que fica nas minhas mãos e me tira o sono, desse seu beijo que foi feito pra encaixar no meu, do timbre da sua voz sussurrando músicas no meu ouvido antes de dormir. Sinto, discretamente, quasedomingo, 9 de novembro de 2008
domingo, 2 de novembro de 2008
Bomba Relógio
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Raras lágrimas de um amigo
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Conhecimento(s)
Céu azul de nuvens brancas, para o romântico, é a certeza de estar vendo a mesma cena que a amada a quilômetros de distância. Céu azul de nuvens brancas, para o físico, são pequenas moléculas que refletem, cada uma a sua maneira, a luz branca vinda do sol. Céu azul de nuvens brancas, para o astrônomo, é o alívio de saber que o sol ainda não cresceu o suficiente para nos engolir por completo. Céu azul de nuvens brancas, para o carrinheiro, é um dia de trabalho sem frio ou chuva. Céu azul de nuvens brancas, para o ordinário, é apenas mais um dia com céu azul de nuvens brancas. Céu azul de nuvens brancas, para o filósofo, é apenas uma ilusão dos sentidos. Tudo não depende do contexto no qual você pensa? Como se tira conclusões se a sua conclusão vai ser só mais uma dentre tantas outras?
sábado, 27 de setembro de 2008
Vertigar
Tudo o que nós sentimos não se limita à mera classificação de paixão e amor. Aqueles que falam mais de uma língua vão concordar comigo que, as vezes, é muito difícil explicar ou pensar coisas subjetivas na língua não-nativa com a mesma versatilidade que na primeira língua. Será, então, que nós convencionamos modos de se atrair uns pelos outros culturalmente? Será que no "desenvolvimento" (sim, aspas, já que desenvolvimento é uma palavra perigosa) das línguas, não se criam palavras objetivas com significados subjetivos para "sentir-se atraido", e nós, por mais que sentíssemos algo diferente, colocamos o que sentimos na classificação já existente? Desculpem, leitores, se escrevo rápido demais e pulo muitas etapas do pensamento, mas "I can't help it", nem eu sei bem sobre o que eu estou falando. De qualquer forma, e se eu inventasse um novo lexico? Que tal vertigar, verbo transitivo direto? Eu vertigo, tu vertigas, ele vertiga.Olho pra baixo, o céu, as estrelas e a lua parecem entrar no meu peito, ignorando a falta de espaço e tirando-me o ar por completo. Olho pra baixo, pro seu all star branco e sujo, pros seus cabelos louros e lisos, pros seus olhos castanhos de longos cílios e a vertigem é quase infinita. Eu o vertigo, vertigo-o demais. Mas não te quero, não te amo, não estou apaixonada. Apenas vertigo-o.
sábado, 23 de agosto de 2008
Veteranos e vassalos
domingo, 10 de agosto de 2008
Escola de areia
E lá se vão ao vento os pequenos grãos da minha escola. Mas não tentem segurá-los no lugar, alunos, eles estão indo levar as nossas idéias à outras mentes.
Vizinho de janela
Deixei-te lá e nem lembro que você respira. Virou lembrança que só vem com esforço da memória. E você, será que lembra de mim? Será que lembra da garota dos olhos atentos às suas janelas? Que quase perdeu o coração pras estrelas ao ver seus cabelos molhados e a cor da sua pele contrastando com a toalha branca que te cobria a cintura? Ah, irresistível... Ainda tenho a face rubra ao lembrar do momento que encontrei teus olhos depois de ter degustado com os meus tudo o que a toalha não cobria. Tomara que não seja bom leitor de sorrisos discretos, vizinho, posso ter te contado, naquele momento, o quanto te desejava. E te quis por três dias. Te quis loucamente por três dias e você nem olhares me deu. Vou mandar esses seus cabelos cedosos cujo cheiro desconheço para o inferno. Vai, que não te desejo mais. Assim, de longe, sem a visão do seu belo rosto, não consegue me atrair com essa sua indiferença. (Julho 2008)
Imaginação
Sorriso
Café com torradas
Canção de ninar
Gotas pretas de maquiagem lavam o meu rosto bem pintado e borram os meus lábios caprichosamente delineados de vermelho. O desespero do pai em ver a cria tomar o proprio rumo aflora numa face de lobo cedento de sangue. É o medo de perder o troféuzinho sorridente da sua estante que coloca em cada palavra um tom de ditador. Enquanto ele diz como as coisas são, como elas deveriam ser e como eu não sou como ele gostaria que eu fosse, as lágrimas banham os meus cabelos de cachos bem feitos para a festa que eu escolhi não ir. (Junho 2008)
Arrepio
Cenouras



