domingo, 10 de agosto de 2008

Colombo


Os pés me levam pelo caminho de casa, mas nem percebo - a mente se perde nos poemas que os olhos lêem, mania esta minha de ler andando. O livro que carrego é leve, fácil de segurar. Os cordões desamarrados do tênis me tiram do devaneio, brincando com o mesmo vento que sinto acariciar-me os cabelos e beijar-me a boca. Acordo do mundo que me criei e me encontro na praça que mais gosto. Sento-me pra escrever o que a ponta da caneta aqui escreve e a praça não poderia estar mais bela, o silencio e o vento e o sol a inundam, beleza que só explicaria um poeta. Me afogo aqui, junto com grama e flores e plantas e lá se vai a garrafa jogada por alguém. Então, descubro-me amando. Amando loucamente o céu e o ar que a cobrem, cidade. Te amo tanto! E nem sabia. (Junho 2008)

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