
Ah, essa vontade de ficar sozinha, de viajar sozinha, de deixar o celular em casa e não falar com ninguém. Ah, como eu queria esquecer de tudo, só por um minuto, pra encontrar tudo de novo que se criou em mim. Ah, que vontade de ter tempo pra botar as coisas no lugar, de me conhecer melhor, de decidir qual Rafaela eu vou ser daqui pra frente. Ah, que saudade daquele tempo que a saudade ardia em chamas, que a vida era só um detalhe, que eu vivia ocupada demais estando feliz. Ah, pra onde foram todas as certezas, todas as respostas, toda a fé? Ah, sou mutável demais, inconstante demais, diferente demais. Ah, eu sei o quão difícil é achar mãos leves onde os pássaros pousam livres, mas existem outras maneiras de se aprisionar as asas da mente sem usar uma gaiola.
Um comentário:
Agora que você me explicou, consigo ler esse seu texto sem ter ataques emos... E olha, Rafa, vou te dizer uma coisa... De todos seus lindos e maravilhosos textos, esse foi o mais profundo! Tá super bem-escrito! Que inveja tenho desse seu estilo ;]
Um dia eu chego lá!
E por favor, quando for decidir "que Rafaela vou ser daqui pra frente", não esqueça que até a mulher da foto tem seu câmera man =)
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