terça-feira, 20 de novembro de 2012
Não sei o que eu faria sem as cores. Pinto para acalmar o mundo: as minhas cores favoritas são os verdes e os marrons, mas não por uma questão de espírito. Arrepia-me a alma quando ouço daqueles fantásticos animais marinhos que enxergam milhares de cores a mais do que nós simples seres humanos. Qual o sentido da vida em saber da existência de outras cores e ser incapaz de vê-las? É angustiadamente frustrante e fascinante. Relacionar-se com as pessoas é de um sentimento muito parecido. São tantas cores, algumas tão familiares, algumas tão exóticas, algumas que eu nem mesmo consigo reconhecer. Embora eu tire as marrons e verdes de letra, sou cega para algumas dessas cores, a maioria delas! Aprende-se, é claro, a reconhecer cores: aprende-se a diferenciar o verde vessiê e o terra verde natural. Há cores, no entanto, que são inevitavelmente irreconhecíveis. Quando me deparo com estas cores - e elas estão tão próximas - doses iguais de angústia, frustração e fascínio são injetadas direto em minhas veias de vermelho cádmio tão despreparadas.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Assinar:
Postagens (Atom)