domingo, 26 de julho de 2009

Super heróis

Sempre achei graça nessa coisa de relacionamento. As pessoas se aproximam por terem os mesmo gostos musicais, por terem as mesmas inquietações intelectuais, por terem a mesma cor de cabelo, por saberem dos seus e dos meus defeitos. As pessoas não se aproximam de pessoas perfeitas. Se você não deixar transparecer os seus defeitos, elas te olham de longe, contemplando o ser inexistente, contemplando esse ser insistente em querem parecer não-humano. Mas eles parecem gostar de ser não-humanos. Nunca vi ninguém que nunca tivesse feito mal a ninguém, mesmo que não intencionalmente, mas já ouvi inúmeras descrições de seres não-humanos do tipo de causar calafrio pela existencia de tamanha bondade. O duro é saber que elas não existem. Puxa, nossos heróis não existem! Nunca vi ninguém que correspondesse às expectativas dos pais, dos amigos, do chefe, do namorado e do cachorro ao mesmo tempo. Os pais sempre vão achar que você é rebelde, os amigos vão sempre achar que você mudou para pior, o chefe vai sempre achar que você é incompetente - ou competente demais -, o namorado vai sempre achar que você não se abre, e o cachorro vai sempre achar que você é um dono ausente. Mas (tchan, tchan, tchan) os super seres não-humanos chegaram pra nos salvar de todo esse pecado, do inferno, do diabo e tudo o mais. Esses seres conseguem ser bons com todos! Ah, não? Esses aí também não são reais? Mas que diabos! Digo, Deus do céu! Isso porque eu não quero ir para o inferno, só os seres humanos vão para o inferno.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Procastination

Eu queria mesmo era ser chef de cozinha, que sem vinho chileno não cozinharia nada. E que anotações de coisas passíveis de serem esquecidas na agenda valessem mais do que ouro. Assim eu poderia comprar a melhor das câmeras de fotografia, muito pé-de-moleque, uma livraria e um sebo inteiros, e todos os acessórios disponíveis para animais de estimação.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Para o meu amigo Nathan

It seems she never listens
She never speaks
I always give her a message to send
She never seems to understand
Every single night I beg
But it seems she will forever forget
I lie on the ground and stare
The only thing she will ever carry
Is the light shinning in my eyes
Is the burning chest that keeps me alive
Is the love message I ask her to send
With no words but feelings

No matter where he is
When the moon light
Touches his chest
He will know everything I meant once
Staring at the moon
(Algum mês extinto de 2006)

segunda-feira, 6 de julho de 2009

João e Maria

Crianças em overdose de doce. Adultos em overdose de doce. Bala em baixo da lingua, o mundo girando, as cores mais fortes.